As tartarugas andam com a casa às costas, o Gonçalo anda com a casa às costas e é garantido que nada é garantido - disseram-me e com muita razão, que tudo isto faz parte da aventura, da zona de desconforto que na verdade nunca chega a ser um total desconforto, mas é diferente de casa, da proximidade dos amigos e das pessoas. Eu aceito, acho que ninguém que me conheça bem o suficiente, me irá definir como o tipo de pessoa certa para uma experiência destas. Sou, na minha humilde opinião, uma das poucas pessoas que não devia fazer isto, mas que preciso de fazer isto e muito mais. Há alturas que só penso em casa, nas coisas que deixei deliberadamente para trás, acho que é normal, não me assusta sentir-me com saudades - assusta-me que um dia por não estar presente, se comecem a esquecer de mim, não por mal, simplesmente pela ausência - por mais senil e demente que isto soe...(acho que tenho noção do quão senil e demente isto soa - trabalho com gente assim).
E a tartaruga anda de casa às costas, com tantas pequenas histórias para contar a quem as quiser ouvir, Londres tornou-se o centro do vórtex das visitas, descobrimos por cá que aparentemente esta cidade é demasiado pequena para mim, com direito a aparições dignas de Fátima - "parece mentira mas diz que é verdade, grande pontaria!", ou a "teoria dos elevadores que nunca existem quando é preciso, mas em covent garden vai pelas escadas, nunca se sabe o que encontras no elevador!".
É que nunca se sabe mesmo, é com cada surpresa...ui!
Vemo-nos em Portugal.
Meu caro, é impossível desvanecer-se na nossa consciência alguém que é tão único e inesquecível como tu!
ResponderEliminarBeijinho, até já!